Chegou maio,
Mês que arrepia.
Bom pra deitar.
Ruim pra levantar.
Quando chuveiro queima,
É um balde de água fria.
Nos bares café é um drink.
No sul chimarrão é chique.
Gramado e Canela, um bom palpite.
Se lambuzar com fondue de chocolate.
No norte o frio existe?
Lá vem minha artrite.
Kit completo com a sinusite.
Conhaque pra curar a gripe.
‘Mais um vinho?’, garçom insiste.
Gelo? Só no whisky.
Nas calçadas,
Casas a céu aberto.
Calor humano vale uma vida.
Jornais atuais ou ultrapassados,
Tentam aquecer corações congelados.
Hemisfério norte jardins florescem.
Aqui no sul folhas envelhecem.
As noivas sonham e adormecem.
O sol luta e nos aquece.
Uns sorriem e outros entristecem.
Em maio a vida permanece.
Maio 2011