Local de
pensamentos em vão,
E
pensamentos que vão e que vêm.
Às
vezes a cabeça,
Tá
assim, daquele tamanho.
Cheio de
coisas,
Sem pé
nem cabeça,
Cheio de
coisas,
De
arrancar os cabelos.
No
mínimo,
De
deixar cabelos em pé.
Aí vem
água do céu,
É aquele
banho de água fria.
Tudo
aquilo sai e vai pro ralo,
E
às vezes dá vontade de ir junto.
Mas a
gente fica,
E vai
ficando por aqui,
Tomando
os banhos da vida.
Água na
nuca,
Penetra
em tudo,
E lava a
alma.
Água
e pensamentos sujos,
Se
vão.
É hora
de lavar a roupa suja,
Haja bucha e sabão!
Haja bucha e sabão!
Água
bate na cara,
E não se
mistura,
Com as
lágrimas.
Lágrimas
salgadas pela vida.
Vida
salgada pelas lágrimas.
Água
bate na cabeça,
E lava
as idéias:
Parece
lavagem cerebral.
Essa é
para o bem e não para o mal.
Os
problemas continuam na cabeça,
Mas
parece que o caminhão andou,
E
ajeitou as coisas na carroceria.
Água
bate no peito,
E acalma
o seu parceiro.
Coração
fica frio,
E
acaba aquele calafrio.
O registro se fecha,
Igual escotilha de submarino;
Enfim você volta à tona.
É o fim do
banho:
E a
toalha te abraça,
Te acalenta e te acalma.
Te acalenta e te acalma.
A última
gota de lágrima,
Fica na
toalha.
As
últimas gotas do dia,
Ficam
na toalha.
A toalha se encharca de você,
Ela se sente um lenço de papel,
Ela se sente um lenço de papel,
E deixa tudo
evaporar.
E
fica seca, te esperando,
Para
um outro dia.
Você sai
do box,
Você sai
daquela cela,
E vai
pra vida de cabeça erguida!
Problemas
e soluções,
Permanecem
ali fora,
Aguardando
ansiosas,
Pelo
companheiro.
Você as
abraça,
E continuam
a caminhar,
Com choros
e sorrisos.
Você
olha ali atrás,