Pôr do sol observado na estrada, voltando de Apucarana, PR, para São Paulo.
Enterro do Mozart.
______________________________________________________________________________
Viajei quilômetros,
E pude ver uma batalha.
Da estrada olhei,
E no céu eu vi.
Era batalha de gigantes.
O Sol mostrou suas armas,
E seus raios eram poderosos.
Àquela altura os raios eram dourados.
Tão brilhantes que não podia fitá-los.
Seus oponentes eram as nuvens;
Eram grandes e musculosas.
Batalha espetacular,
E a nuvem encobriu o Sol.
Para nós,
Simples observadores,
Restou apenas a paisagem cinza.
Mas aos poucos eu vejo,
E alguns raios atravessam as nuvens.
Belas nuvens,
Com silhueta dourada.
E mais um raio,
E mais outro, e mais outro.
Talvez lá no alto,
Perto dos combatentes,
Explosões deviam ocorrer.
É batalha de Titãs!
Nós vemos apenas os golpes,
Raios ‘rasgando’ as nuvens ao meio.
E vejo as nuvens desistirem.
Humildes,
Abrem passagem para o vencedor.
E naquele campo de batalha,
Observo e vejo outro personagem.
Ela vem chegando,
Mas não quer luta.
É a Lua que se achega,
Quieta e discreta,
Charmosa e elegante.
Agora sei a intenção do Sol.
Mas a Lua chega e permanece distante.
O Sol triste,
Aos poucos perde seu brilho,
Perde sua luz e se vai,
Se abaixa e some cabisbaixo no horizonte.
Ali, no alto, vejo apenas a Lua,
Solitária e bela na escuridão.
Lua amarela,
O Sol deixou sua marca nela.
Aos poucos ela perde aquela luz,
E a Lua fica com luz de Lua.
Estrelas fiéis,
Parece tapete de cristais.
Quietas, somente elas são companheiras.
Silêncio e escuridão e mistério,
E a Lua passa a noite só.
Quem sabe amanhã,
Na próxima batalha,
Entre o sol e as nuvens,
Aquele poderoso,
Se carrega de mais luz,
E consegue impressionar,
Aquela dama da noite.
Maio 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário