Aos segredos do
violão se dedicam.
Por vezes se acha desafinado,
Sempre deixa o violão amolado.
Quem não se cansa
são as cordas,
Mesmo quando
produzem desacordes.
O corpo é de madeira e de curva,
Para tirar o som ele se curva.
Ele viola o violão,
E vê o violão
violar.
Seus olhos brilham enquanto aprende,
Os olhos de quem assiste se apreendem.
Ele dedilha e as
notas saem,
No ar flutuam e não
caem.
Quem ouve as agarram,
Viram mágicos e viajam.
Som ecoa e cordas
bailam,
Pernas se mexem e
vozes não se calam.
Notas e sangue se interagem,
Droga boa, doce viagem.
O inevitável
acontece, o som se encerra,
Ouvintes abrem os
olhos, voltam pra Terra.
Àqueles bons momentos dão adeus,
Aguardam pelo próximo dedilhar do Matheus.
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