O
coturno ainda machuca seus pés?
Lembro da vela lustrando as botas,
E do algodão na cara.
Na
cabeça o bibico cor de abacate,
Deu
lugar à boina preta.
Diga quantas caixas de isopor lhe quebraram,
E direi que tipo de homem tu és.
Centro
social ainda causa pesadelos.
Jasmins
no jardim trazem boas lembranças.
A
empresa era multi, mas era de vidro.
Como
tal se quebrou.
Quem
lá trabalhava se espalhou,
E
chorou.
E foi na ponta da ponta da praia,
Onde vi um homem surgir.
Era digno e orgulho de muitos.
Tua mãe e teu pai até prantearam.
Aí
passou a defender estranhos.
Bravura
que pouco se conhecia.
Cuidado
com suas balas para não usá-las.
Não era pires do rio,
Mas era pires ao sol,
Com balas aquecidas,
Com balas virgens.
Sem essa de balas perdidas!
Bravura
inocente.
Bravura
sem derramar sangue.
Nem
o fogo era páreo.
Você gostava das ruas e becos,
O front de batalha era o seu lugar.
Carimbar papéis nem tanto.
BOPE
nem existia.
Sem
ibope você já existia.
O Tatuapé te agradecia.
O Morumbi já te conhecia.
Carandiru se rebelava e te recebia.
Que choque!
Outrora
Ponte Pequena,
Agora
Armênia.
E ali estava aquele panelão.
Alguns tijolos têm suas digitais.
Naquele meio estava você,
Em meio a cruzeiro do sul.
Ah,
se teus fuscas falassem!
Março 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário