É classe reprovada.
Classe com carteiras vazias,
Carteira sem acento...
Erro de gramática!
Carteiras sem dinheiro...
Erro de matemática!
É gente da educação,
Tratados com falta de educação.
Autoridades merecem cone na cabeça,
E ajoelhar no milho.
Deste lado, os sujeitos ocultos,
Que apóiam a burrice.
Do outro, os da classe do ‘pó de giz’,
Que lutam a favor da inteligência.
É provão difícil de tirar dez.
É diálogo (ou monólogo?) sem concordância.
É bê-á-bá em conjunto infinito.
Esse é o giz da questão!
Professor faz papel de pai e mãe.
Não educam apenas para a prova.
Educam pessoas para a vida.
É a vida que nos põe à prova.
Na vida não temos cola,
E lembramos da escola,
Saudade de um tempo que não volta.
Com ou sem palmatória,
Professor faz parte de nossa história.
Frase da Isabel professora-amiga:
‘Deve-se estudar para a vida,
Não pra tirar dez na sabatina’.
Professor é gente de garra.
Lutam com recursos,
Do tempo do mimeógrafo.
É gente que honra o avental que veste.
Avental, às vezes sem botão,
É quase segunda epiderme.
Vão à lousa e escrevem suas vidas.
Realidade negra no quadro negro.
Autoridades educacionais,
Insistem em dar zero,
Aos profissionais do ensino.
Eles estudam tanto pra isso?
É suor e lágrimas,
Que vira barro branco,
Quando misturados com o giz.
Glamour da profissão,
É tempo passado,
Difícil de conjugação.
Tempo onde escola,
Era lugar de ensinar e aprender.
Ninguém leva mais maçã para o mestre.
Professor come merenda com aluno,
Se a verba do estado permitir.
Professor deveria usar avental,
Revestido de algum metal,
Para se proteger de aluno,
Jovem ou adulto.
Educar é profissão perigo!
A classe vira praça de guerra.
É professor versus alunos.
Quando bate o sinal,
A batalha acaba.
Final da guerra,
Só na aposentadoria.
Aí acaba a aula,
E professor passa de ano...
Sem direito a formatura.
Julho 2011
Pode crer. Vida de professor é fogo...
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