E aquele mineiro da antiga.
Um não durou muito,
O outro está até hoje.
A ditadura dizia que saía,
E quem dava as caras,
Era a liberdade de mentira.
O Zé do bigode não
larga a teta,
E o osso fica pros
desdentados.
Era tudo pelo social!
O letreiro na Penha,
Piscava Começar de Novo.
Eu obedeci e levei a
Cris.
Foi um drink ou dois,
Três não foi.
A MPB se calou,
Pra dizer que o
mineiro,
Se deitou e ficou.
Segunda é feriado,
Dia da casa de marimbondo;
Ninguém mete a mão!
Ah, foi um beijo na Cris,
Pra ficar na história do país.
Nós queríamos
liberdade,
E pedimos cuba libre
bem tarde.
A moto nos levitava,
Pelo asfalto paulista.
Nossos cabelos,
Aproveitavam e se
desmanchavam,
Com os ventos da
juventude.
Ela mineira, eu paulista:
Êita casamento pra dar certo!
Dois anos está perto.
Tudo se rachava e ruía,
Naquele cenário de mentira.
A gente pouco se
importava,
E nossa verdade se
firmava.
Nunca saímos em revistas,
Nem em matérias televisivas.
Horário nobre é pra
quem pode!
Ainda bem que não depositamos,
Nossos votos e esperanças,
Em quem não é digno de confiança.
No início, no começo
de tudo,
Eu e ela traçamos
nosso rumo.
O tempo avançou e não esperou,
Nada e ninguém.
Foram certezas e
enganos,
Perdurando por anos.
Desordem e regresso,
Eu via e vejo por perto.
Mas nós tateamos e
achamos,
E continuamos
encontrando,
A Verdade que nos
separa da mentira.
Igual óleo no meio da água,
Nós vivemos,
Em meio a essa anarquia instaurada.
São 25 anos de sonhos,
E não de fantasias.
‘É muito tempo!’ – Talvez tu dirias.
Então sentas, pois te contarei,
Por quanto tempo quero viver.
Tempo suficiente,
Pra eu e a Cris,
Contarmos as estrelas,
Refletidas no mar sem
fim.
Agosto 2012
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