Dizem
que sou egotista e egoísta.
Dizem que sou velho,
Mas depois q sou moleque.
Dizem
que sumo,
E
que não assumo os meus assuntos.
Que vivo em meu mundo,
E que perco o rumo de tudo.
Dizem
que sou simpático e carismático.
Dizem que sou lunático,
E também apático.
Uns
dizem que sou inteligente,
Mas
meio demente.
Muitos me chamam de chato,
E que sou um saco.
Nunca
me chamaram de brilhante,
Mas
já disseram que sou arrogante.
Já me chamaram de pinguço,
De pão duro e até de cabeçudo.
Dizem
que sou irritado,
Nervoso
e esquentado.
Outros dizem que sou da paz,
Calmo e bom rapaz.
Que
confusão, que nervoso que dá!!!
Mas
olhando os botões,
De
minha camisa sem marca,
Mas
bem passada,
Eu
respiro fundo e penso ao mesmo tempo:
O tempo que tenho andado,
E vagado por essas terras e asfaltos,
Que não são muitos e também não são poucos,
Eu não teria tempo e disposição,
Nem dinheiro debaixo do colchão,
De ser tudo isso,
Ou parte disso tudo,
Ou que deixei de ser.
Vai
entender!
Então
eu fecho a régua,
E
passo a conta,
E
chego à conclusão:
Nesse círculo fechado meio aberto,
Ou o povo tá redondamente certo,
Ou eu quadradamente errado.
Não
teria uma terceira alternativa,
Pra
eu livrar minha jugular,
Da
derradeira guilhotina?
Mas
pra falar a verdade,
Não
tô tem aí,
E
vou ficando por aqui.
Falem bem ou falem mal,
Mas faltem dos outros.
Julho
2014
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