Meu
filho Matheus Naves comprou uma guitarra, mas o instrumento deu problemas e ele
a devolveu ao fabricante. Quanta tristeza... até ele comprar outra! Mas tenho
certeza que ele sempre irá se lembrar de sua primeira guitarra: a guitarra
branca.
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Pobre
de minha guitarra branca
Foi
amor a primeira vista
Com
pagamentos a prazo
Poder
ser abuso de minha parte
Mas
já a estava chamando
De
Branca de Naves
Tantas
eram
Nossas
cumplicidades e afinidades
Aquela
coisa fina
Desafinou
e se estragou
Produziu
desacordes
Sem
acordos com as notas
O
som não era de uma Gibson
Tampouco
uma Fender
Mas
cá com os botões meus
Eu
iria batizá-la e honrá-la
Como
uma legítima Von Matheus
Mas
a branquinha me deixou
Que
saudades de suas tarraxas
Nossas
cordas seriam felizes
Metais
e vocais
Cordas
e notas
Em
puros devaneios
Sorry!
Sem
escusas a tímpanos alheios
Mas
ela se foi
E
eu procuro por outra
Uma
outra de qualquer cor
Seja
como for
A
música não tem cheiro nem cor
O
sentido é ouvir e sentir
As
notas a bailar pelo ar e por aí
Abril
2015