Lembrando
da Iolanda Cruz que, quando nos visitou em Fevereiro de 2013, juntamente com a
Ivone, plantou alguns legumes nos fundos de casa. Ficaram somente saudades,
pois agora ela está na memória de Deus.
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Fui
capinar o quintal
Fui
roçar o matagal
Confesso
que o mato tava assim
Daquele
jeito
Cavuquei
a terra
E
muitas minhocas
Dançavam
igual funk dos cariocas
Meti
a enxada
E
acertei uma batata
Aí
foi batata!
Depois
de umas roçadas
Colhi
mais 3 leguminosas
A
salada vai ficar saborosa
A
Iolanda ficaria orgulhosa
Lavei
a alma
Com
o corpo sujo de barro
Me
senti um homem da terra
Com
o suor na testa
O
suor descia melado
Todo
embarreado e suado
O
céu era amarelo e ficou cinza
E
a chuvarada veio de cima
Fechei
os olhos e olhei pro alto
A
água lavou meu marrom
E
voltei a ser apenas homem
Homem
igual gente
Homem
branco sem cor de terra
Sou
do asfalto
E
pouco conheço a terra
Mas
um dia vou ficar só
E
vou voltar ao pó
Abril
2015
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