De
calça, saia ou vestido
A
gente sai vestido de celular
No
bolso, na bolsa e sempre à mão
Cargado
ou descarregado
Carrego
meu celular
Ele
está sempre lá
Meu
celular
Aparelho
pequeno
Importante
e imponente
Sem
ele fico impotente
Me
vejo indigente
Me
veem indiferente
A
gente nem se sente gente
Gente!
Isso
não faz sentido!
Às
vezes me lembro
De
tempos idos
Daquele
tempo antigo
Época
da dactilographia
Eram
teclas e teclas de montão
Por
isso tantos dedos à mão
E
quanta agilidade
E
agora com essa modernidade
Apenas
dois ‘dedão’
Pra
teclar e se comunicar
Sobram
dedos bem ao alcance da mão
Olhos
na tela e boca fechada
Conversa
só entre aspas
Interação
com o outro lado do mundo
E
um mundo mudo
Aqui,
do outro lado do muro
Ao
nosso lado...
Calado
Interação
virtual
Carência
do real
Longe
do ideal
Isso
é surreal
Setembro
2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário