Pelas
beiradas,
Das
calçadas sem calçamentos.
Não pelas
margens da sociedade,
Nem pelos
limites do permitido.
Mas
tentando me permitir,
A fazer o
permitido.
Eu sou um
limitado,
E estou
limitado,
Pelas
bordas da margem.
Elas são
precipícios sem princípios,
E
desfiladeiros derradeiros.
Insistem
em nos puxar,
Pra baixo,
bem lá pra baixo,
E nos
deixar cabisbaixos,
E mostrar
suas baixarias,
Limitadas
a não ter limites,
Sem
limites para ter liberdade.
Lideradas
e liberadas pela sociedade,
A marginalizar
o caminhante,
Que
caminha descalço,
Pelas
calçadas sem calçamentos.
Que roda de fogo!
Que bola de neve!
Que circo vicioso!
Que círculo perigoso!
E as calçadas me acolhem,
Com
ranhuras e rachaduras,
Que
acomodam meus pés já rachados.
Às vezes passos largos,
Às vezes passos fundos e curtos.
Não me iludo com antúrios ou roseiras,
Com absurdos ou baboseiras;
Não tenho paladar refinado pra whisky,
Mas eu tenho,
E sempre tenho que continuar andando.
Sociedade para todos,
Saciedade para alguns.
Sociedade para todos,
Saciedade para alguns.
Maio 2013
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