Às vezes a gente se inquieta;
Precisamos mais do que o quieto.
Mas quando o silêncio,
Resolve falar mais alto,
Isso cala fundo,
E agride os ouvidos.
E uma vontade vai aumentando,
Vontade de sair gritando,
Vontade de entrar berrando,
Pra espantar o silêncio que persiste,
Pra espalhar que a gente existe.
’Fale algo e não se cale’.
Um minuto de silêncio,
É importante e necessário.
O silêncio de uma vida,
São batalhas sofridas,
É guerra perdida.
O silêncio do inocente,
Que se cala e não diz nada,
Pode ser julgado culpado.
Isso tá na cara!
Até o muro pichado,
Abre os brônquios de seu reboco,
Fala pelas ruas e dá o recado.
Tem gente,
Que sobe e fica em cima dele.
Se equilibram e olham pra esquerda,
Cambaleiam e olham pra direita,
Se calam e ficam lá,
Sentados tomando ar,
Enquanto o muro e seus tijolos,
Continuam a se pronunciar.
Até o morto,
Que não tem vida fala,
Não se cala,
E deixa pistas,
E derruba álibis e armadilhas.
O CSI sempre conta,
E agradece as ajudas,
Desse pessoal que não mente.
O pior tipo de morto,
É o que pensa que vive,
E vive se fingindo de morto.
Pra esses, nem adiante gritar,
A terra não vai ser leve!
Maio 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário