De grão em grão,
A galinha vira caldo.
De papo em papo,
A conversa vira um falatório.
De pena em pena,
O frango vira um travesseiro.
De samba em samba,
Chegou outro Fevereiro.
De bituca em bituca,
O bueiro passa mal o ano inteiro.
De gato em gato,
O couro vira um pandeiro.
De pato em pato,
A gente engole um dinossauro,
E o batráquio fica engasgado.
De gole em gole,
A gente não lembra mais nada.
De nada em nada,
Tudo acaba em pizza,
Nada acontece,
E tudo fica na mesma.
De pizza em pizza,
A conta é nossa,
Tudo acaba em samba e bossa.
De copa em copa,
Nada acontece,
E tudo FIFA na mesma.
De estádios em estádios,
O estado do povo fica largado.
Mas uma coisa é hospital,
Outra coisa é estádio de futebol.
Sem misturar ratos e bugalhos,
Acamados e deputados,
Zé ninguém e ronaldos.
De bola em bola,
A rede se enche de gol,
E eu fico desclassificado.
Aí eu compro o jornal,
E me debruço sobre os
classificados.
Já dizia um amigo da Florentina:
Pior que está não FIFA.
Setembro 2013
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