A
dona redonda,
Fica
toda, toda.
Cheia de borda,
Recheada e gostosa.
Toda
enfeitada e azeitada,
Se
sentindo a bela dona com azeitonas.
Com mil calabresas da Calábria,
Mozzarella toda amarela,
E tomates avermelhados e envergonhados.
Massa
fina ou massa grossa?
Se
já me entupiu a aorta?
Sem conselhos da nona,
Per
favore!
Ma què, agora quero um
tinto,
Pra
deixar o sangue mais fino!
Que
saudade di Napoli,
Da
bota da Europa.
Aqui em Brasília,
Tudo acaba in pizza.
É
um povo que aprecia,
O
sapore di Itália querida.
O
pizzaiolo mete a mão na massa.
Ele e a massa se amassam,
E a massa passa e fica só,
Naquele calor de muito suor.
Ela
quase passa mal,
No
forno de não-sei-quantos-graus.
Depois da noitada de fornada,
Ela vira uma massa toda assada.
Mas
depois tudo passa,
E
ele se amasia,
A
suar e se amassar com outra massa,
Tão
redonda quanto à outra.
Pizzaiolo é homem de uma massa,
E muitas pizzas.
Este
é o milagre à moda di Itália.
A farinha que vira pizza,
Na terra di
Brasile.
Mama
mia,
Que
terra querida!
Maio 2014
"Ela quase passa mal,
No forno de não-sei-quantos-graus."
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