De água
salgada,
De olhos
sentidos,
De testas
escorridas,
De quem
tá ali,
Pra
esquecer ou se lembrar.
Guardanapo
é descanso de cerveja,
Ou
camisa de whisky.
Enxuga
o suor das fritas,
É
aconchego e vira colchão,
De
cesto de pão.
Guardanapo
não se apaixona,
Mas fica
com marca de batom,
Em sua
borda e colarinho.
Ele
é cavalheiro,
É
oferecido e se oferece,
E
seca a lágrima de uma dama.
Guardanapo
dura pouco,
E tem
vida curta.
Ele
se entrega ao trabalho,
E
fica em pedaços.
Guardanapo vira um farrapo!
Mas ele é
parceiro fiel,
Do
garçom e da garçonete.
Tá
sempre no bolso ou na mão.
Guardanapo
é boêmio,
Vive por
aqui e por ali,
Pelos
restaurantes e pelos bares.
Se
esparrama e se espalha,
Por
mesas e balcões.
Vira
bloquinho,
Pra anotar
pedidos e telefones.
Vira
telas de artistas e desenhistas,
E
caderno de poetas e poetisas.
Às vezes
recebe carinho,
E é dobrado
e guardado,
No meio
de um livro.
Mas
também,
É
incompreendido,
E
no momento da ira,
É
embolado e rasgado,
E
vai parar no lixo.
Dalí ele
olha tudo e todos,
Fica no
esquecimento,
E sabe
que chegou o seu fim.
Janeiro
2013
Ok, this one I liked very much and understood. Sometimes I have a hard time understanding the full meaning, because like in English, poetry language has so many meanings, and I have to really concentrate to fully understand. I understand the words but not the meaning. So I hope you understand when I don't respond, its because it was probably too deep for this americana. :)
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOf course, Rosey, I understand you. Just keep reading my stuffs and do your comments. Thanks.
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