E
tudo começou,
E
continuou em janeiro.
O ano começou daquele jeito,
Com uns assuntos meio sem jeito.
Fui
me ajeitando,
E
me desculpando pelo mal jeito.
Foi assim o ano inteiro.
Diferente
não poderia ser.
Vi
gente nascer,
Vi
gente morrer,
E
vi gente viver.
Me
mandaram o pé nos fundos.
Mas bem lá no fundo,
Não carrego nenhum resmungo.
O
que me deixou danado,
Foram
os classificados.
Cativo
em minha cadeira cativa,
Ouvi
noticias dos estados e estádios.
Uns passaram o ano necessitados,
Outros em alicerces concretados,
Elitizados e padronizados.
É
o que diz um velho ditado,
Revisado
e atualizado:
Quem vê
COPA,
Não vê
coração...
Da
população.
O
Alexandre cavou e perdeu,
E
nós pagamos o pato,
E
nós pagamos os estádios,
E
nós engolimos o sapo.
E
nós engordamos o Ronaldo,
E
nós ficamos mais magros,
E
nós fomos para as ruas,
E
nós gritamos às alturas,
E
nós usamos máscaras escuras,
E
nós quebramos viaturas,
E
nós badernamos as vias públicas,
E
eles gostaram,
E
eles gastaram mais dinheiro público.
Que circo vicioso,
Neste picadeiro brasileiro.
Deu
vontade de fazer injustiça,
Com
as próprias mãos!
Axé
in Rio,
Pagode in Rio,
Rock in Rio.
Quantas baladas perdidas,
No peito e na cabeça.
O
ano inteiro,
Controlei
o orçamento.
Poupei o tempo, gastei dinheiro,
E fiquei no vermelho.
‘Juros pela sua conta
corrente,
Que eu sou inocente’!
Me diz o banqueiro todo faceiro.
São
juros pra emprestar e vender!
Coisas
me aconteceram,
E
eu nunca mais fui o mesmo,
E
eu nunca mais fui eu mesmo.
Eu matei e morri um pouco,
E estou vivendo assim.
Acho
que vou viver assim até morrer,
Morrendo
de vontade de viver.
E
assim o ano vai me acabando,
E
eu vou me preparando,
Para
o próximo ano.
Tragam as jaulas e os leões,
Vai ser um por dia,
A cada dois dias.
Não
acreditas? Nem eu,
Mas
isso é problema meu.
Por
enquanto, meu povo,
FIFA
o ano novo!
Dezembro 2013
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