O
vento sopra forte,
E
desnorteia folhas e cabelos,
Saias,
vestidos e borboletas.
Feche os olhos,
Pra não pagar mico,
E ganhar um cisco.
Naquele
redemoinho de coisas,
Muita
coisa deveria ir embora,
Pra
bem longe sem demora.
O
gari vai dar muita vassourada.
Papel de bala,
Bitucas na calçada,
Camisinhas furadas,
Santinhos de candidatos,
E candidatos a santinhos.
E
o vento vai varrendo,
Ajeitando
o mês pra setembro.
No próximo mês é tudo novo.
Esperança
e imposto,
Flores,
roupas e contas.
O ipê amarelado,
Vai ficar descabelado.
O
papelão com cara de edredom,
Vai
deixar alguém na mão.
Vai voar pelos ares,
E virar lar de outro alguém.
O
vento vai virar o mês,
E
eu me virei não sei como.
Nem sei como eu vou me virar,
No próximo mês outra vez.
Vou
falar com meu amigo gari,
E
pedir truques e dicas,
De
como dar vassouradas por aí.
Preciso
limpar e faxinar,
Meus
arredores e interiores.
Setembro
2014
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7mMMZjylRh8sHYS3fquOc_vgXEMBzlOrT-EiydjGRq5LD2UhtUN-jYYLKK8oswVaWqFqYY1KegkL3sFi9nlzJNjrFYcSvn8vZh_Bc7jfjXKSE9pEqR-95FEa-THJt7nPThu1g0fbbrG_J/s1600/318.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário