A
conta já chegou
O
disjuntor nem caiu
A
fatura eu paguei
Mas
a luz sumiu
Quantos
candidatos a culpados
Mesmo
sem palanques e calados
Os fios desencapados
Balançavam igual varal descamisado
A
ventania ventava
E
redundava redemoinhos
Cadê os eletricistas?
Subam nos postes
E gritem lá de cima:
Faça-se luz!
Domingo
no escuro
Que
dia obscuro
Na rua um carro sisudo
Desfilava com olhos vidrados
O
vagalume feito um vagabundo
Rebolou
sua luz wireless
E eu chutando
E machucando meu dedão
Nas quinas, esquinas
E cantoneiras pela casa
Pobre
de mim
Eu
do meu canto
Olhando
e secando a lâmpada
E
nem era mágica
Nem
de Aladdin
Pobre
de mim
A
lua não colaborou
E
seu lugar também se apagou
Ê saudade de brincar com vela
Derreter a cera e queimar a mão
Parecia
mini lava de vulcão
Que
escorria e derretia
A chama da vela era esguia
Parecia uma dama fina
Olhado pra cima
Mas
quando ela finda
Fica
cheiro de sem vida
A
luz artificial voltou
Mas
a minha é natural
E
precisa continuar brilhando
Amanhã
Faça
luz ou faça sol
Vai
ter segunda
Janeiro
2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário