sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Pouca luz

A conta já chegou
O disjuntor nem caiu
A fatura eu paguei
Mas a luz sumiu

Quantos candidatos a culpados
Mesmo sem palanques e calados
Os fios desencapados
Balançavam igual varal descamisado
A ventania ventava
E redundava redemoinhos
Cadê os eletricistas?
Subam nos postes
E gritem lá de cima:
Faça-se luz!

Domingo no escuro
Que dia obscuro
Na rua um carro sisudo
Desfilava com olhos vidrados
O vagalume feito um vagabundo
Rebolou sua luz wireless
E eu chutando
E machucando meu dedão
Nas quinas, esquinas
E cantoneiras pela casa

Pobre de mim
Eu do meu canto
Olhando e secando a lâmpada
E nem era mágica
Nem de Aladdin

Pobre de mim
A lua não colaborou
E seu lugar também se apagou
Ê saudade de brincar com vela
Derreter a cera e queimar a mão
Parecia mini lava de vulcão
Que escorria e derretia
A chama da vela era esguia
Parecia uma dama fina
Olhado pra cima
Mas quando ela finda
Fica cheiro de sem vida

A luz artificial voltou
Mas a minha é natural
E precisa continuar brilhando

Amanhã
Faça luz ou faça sol
Vai ter segunda
                                                Janeiro 2015





Nenhum comentário:

Postar um comentário