Escrito e oferecido para duas pessoas.
_____________________________________________________________
Várias portas fechadas;
Fachadas fechadas para a noite.
Mas a noite se abria para outras variedades;
Variações para gostos e desgostos.
Mas uma porta se abria,
E a estrela da noite me guiou.
Eu vi mesas e cadeiras assentadas;
Assentos reservados e desarrazoados;
Garrafas cheias se esvaziando,
Convidavam vidas evasivas,
Repletas de vazios querendo se encher.
Pessoas rindo e se rindo,
Em fachadas decaídas,
Chorando e se rachando,
Por dentro lá no fundo.
Tudo isso e mais um pouco,
Acontece na calada da noite;
Mas a noite não se cala.
O CSI é que agradece a sua fala.
Mas eu vi um par de olhos,
Que andava aos pares,
E cambaleava naquele lugar.
Com certeza eram passos incertos,
Se segurando em algo inseguro,
Com pé e sem cabeça.
A noite que me perdoe,
A lua que procure outra,
Mas aquele par de olhos,
Tão preciosos,
São preciosos,
E não vão brilhar,
Naquela penumbra,
Na escuridão daquele lugar.
Aqueles olhos negros,
Me viram e choraram,
Prantearam e se aliviaram.
Aquele par de olhos,
Foi resgatado,
Da noite e de seus engodos.
Não me diga 'obrigada'.
Eu sou um errante;
Eu também estava lá.
E acabou cedo a madrugada;
Aqueles olhos foram pra casa,
Se fecharam e descansaram,
Num sono adolescente.
Junho 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário