Às vezes com um carrinho de mão,
Com pedras de montão.
Eu me armo pra disparar o canhão.
Mas olho meu teto que é de vidro,
Que não agüenta um cisco.
Aí eu me esqueço disso,
Eu me viro,
E tenho que me virar,
Com meus montes de pedras.
Mas nem tudo tá perdido,
Com as pedras e cascalhos.
Com as pedras e cascalhos.
Aproveito e construo,
Um castelo com teto de concreto.
E uma folha desce,
E toca o teto.
Meu teto não é isso tudo,
Não é aquelas coisas,
E não é tudo aquilo.
Meu teto desaba,
E desanda tudo.
A casa cai,
Eu caio junto,
E me acabo no meio de tudo.
Ô folha pesada!
Êita teto leve!
Ó, que pena...
Com peso de chumbo!
Telhado dos outros é de vidro,
O nosso é casca de ovo.
Pense nisso,
Repense de novo,
E guarde e resguarde,
As suas britas no bolso.
Junho 2013
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