Café
com leite e pão na chapa,
Numa
padaria na Penha ou na Lapa.
Café no Largo do Café,
Pingado na Praça da Sé.
Andar
a pé e tomar café Pelé no Tatuapé.
Tomar café e engraxar sapato,
Em frente à Bolsa de São Paulo.
Pra
quem está atrasado,
Cafezinho no copinho de plástico.
Café no copo de pinga,
Lá longe, na periferia.
Café
na xícara numa cafeteria,
Em
plena Avenida Paulista,
Ou
em São Miguel Paulista.
Café
na caneca na Frei Caneca.
Café com leite no Viaduto do Chá.
Café
amargo no Largo 13 de Maio.
Café com pão de queijo,
Tem jeito mineiro.
Café
forte pra quem tá fraco,
E
café fraco pra quem gosta de café ralo.
Café da manhã,
Pra esquecer o dia de ontem.
Café
sem açúcar,
E
não se lembra de mais nada.
Café com liquor,
Depois do sufoco no Metrô.
Café
e cerveja no Bixiga,
Combina
de noite ou de dia.
Na Liberdade café com saquê,
E ouvir irashaimase*
de um japonês.
Café
com pastel e caldo de cana,
Na
feira livre em Santana.
Café e relax sem nada pra fazer,
E apreciar o aroma do Tietê.
Café
no copo e olhar pro alto,
E
curtir o rush de helicópteros.
Café
no copo sujo,
Pra
quem vive debaixo do viaduto.
Que desrespeito,
Pra quem não tem nada,
E perdeu tudo,
Mas é digno como um cidadão do mundo.
São
Paulo abre seus braços a todos,
Mas
não é a todos que ela abraça.
Minha
Sampa, aí vai um pedido,
De
quem não tem te esquecido:
Não abandones nenhum filho teu,
Mesmo quem mora num arranha céu,
Na favela ou quem vive ao léu.
*Irashaimase (lê-se
irachaimassê) – Seja bem vindo em japonês.
Fevereiro 2014
Café na caneca na Frei Caneca |
Caro Clei,
ResponderExcluirconhecendo suas preferências, eu ter recomendo café com catupiry.
Abraços, Antonio Luiz.
Saudações, Le Baldô.
ExcluirContinuo com a opinião de sempre: extermínio ao catupiry!
Abraço.