Achamos que somos inocentes.
Defendemos nossa própria causa,
E nos absolvemos,
Mas somos homicidas.
Nossos olhares são armas.
Poder de nossa língua é de longo alcance.
E alvejam, e fuzilam,
À queima roupa,
Ou pela retaguarda.
Quando questionados,
Quando acusados,
Não relutamos,
Não nos enlutamos,
E nos desviamos,
E nos desvencilhamos,
E nos poupamos,
E afirmamos:
Sou inocente!
Munição nunca falta,
Vem de dentro.
É produção interna.
Produto interno bruto!
Somos verdadeiros terroristas,
Material bélico é o próprio corpo.
Destruímos vidas,
E permanecemos livres,
Infiltrados no meio de tantos.
Passamos despercebidos, pensamos.
Pobres humanos!
Mas há esperança.
Para nossa segurança,
Somos observados e cuidados,
Igual criança.
É tecnologia antiga,
Ao mesmo tempo moderna.
Sorria... ou chore,
Você está sendo filmado.
Junho 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário