Ser
pai é um desafio.
Como
criar filho neste mundo hostil?
Talvez segurar filho igual mola.
Problema é quando ela se solta,
Pula pra lá e pra cá igual bola,
Muitas vezes nem volta.
Se voltar é com revolta.
Soltar
filho igual pipa,
Liberdade
lá em riba.
Aí
vem cerol e apara sua linha,
E
leva pipa para alguma vila vizinha.
E se criar filho com bom e do melhor?
O pai derrama seu suor,
E filho retribui com seu pior.
Ou
lidar com filho igual carne.
Bater
bastante até amolecer.
Você
acaba por esmorecer,
E
ele cresce sem sabor ter.
Pra
você sobra um osso duro de roer.
Bom
é quando pai paga as noitadas.
Eh,
época boa de baladas!
Aí chega época que ele não é mais criança,
E o delegado chama o pai pra pagar fiança.
Que
dor de cabeça!
Antes
era pizzaria,
Agora
é drogaria.
Pai
vive gastando com aspirina.
Droga e balada tem parceria.
Aí quem procura o pai é o dono da ‘drogaria’.
Visita assim ninguém gostaria.
Arte
é saber dizer não,
E
não se importar com reclamação.
Igual conta-gotas o ‘sim’ vai saindo.
É homeopatia que filho vai engolindo.
Quando
adulto o filho vai ver,
Aí
é hora de reconhecer,
Que
valeu a pena obedecer.
O pai vai estar com avançada idade.
Seus cabelos embranquecer,
E poderá envelhecer com dignidade.
Junho 2011
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