E a avenida
já está cheia de tudo,
Carros, gente
e coisas mais.
O
relógio diz que é cedo,
Mas
tem gente que já está na avenida,
Ou
tem gente que ainda está por lá.
Tem gente
na avenida,
Que tá
indo pra casa.
Tem
gente na avenida,
Que
já está em casa.
Ah, caminhões,
ônibus e carros,
Rodam e
rodopiam pelo asfalto,
Com seus
sapatos emborrachados.
Suas
rodas rodam pelo sujo,
Se
sujam e não se importam.
Suas rodas
passam por cima,
Do limpo
e do sujo.
E os bueiros estão pelas bordas,
Abrem suas bocas,
Abrem suas bocas,
E
engolem tudo.
Depois passam mal,
E vomitam nossos entulhos.
A avenida
parece uma dama,
Se sente
mulher vaidosa.
Avenida
cheia de curvas,
Perigosas
e sinuosas.
Avenida de
passados e segredos;
Suas esquinas
metem medo.
Polícia
vem tarde ou chega cedo,
Mas
com visita de ambulância e bombeiro,
Avenida
vira dama de vermelho.
Que realidade
dura!
Mas a sua
dureza é superficial,
Avenida por
dentro,
É de
terra igual a gente.
Bem
lá no fundo,
Lá
embaixo de tudo,
Tem
muita vida,
Querendo
voltar à vida,
Sufocada
e soterrada,
Pelo
asfalto todo moderno.
E tem
muita terra por aí,
Querendo
ser moderna,
Querendo
roupa de asfalto,
E desfilar
de avenida e salto alto.
Mas avenida
tem glamour,
Com faróis
e muitas luzes.
Mas
apesar da claridade,
E
holofotes pela cidade,
A
escuridão encobre suas vaidades,
A
escuridão deixa claro suas verdades.
Pela avenida
desfilam,
Luz e
escuridão,
Morte e
vida todo dia,
Todas de
mãos dadas,
Todo dia
pela avenida.
Jornais
e revistas marcam visita,
Amam
estar no asfalto da avenida.
Abril 2013
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