É pra se
molhar.
Quem diz
isso debocha,
Usa capa
e botinão,
Guarda-chuva
e galocha.
Raios e
relâmpagos,
Na cabeça
dos outros,
Tem sabor
gostoso,
E parece
tira gosto.
Tem dia
que você,
Quer
começar com pé direito,
Mas até
parece,
Que você
tem dois pés esquerdos.
A gente
fica meio aleijado,
Dos
membros e da cabeça.
E da
alma? Só falta!
A vida é
juiz,
Fica na
mesa lá alto,
E te
condena a vida inteira.
Quanto
mais inocente,
Mais
culpado a gente se sente.
Às vezes
a vida tá toda russa,
Parece
montanha com mesmo nome,
Feita no
país da vodka.
É tanto
sobe e desce,
Que parece
que entorpece,
Sob efeito
de cachaça de graça.
Quando
sobe,
A gente
se sente no céu.
Quando
desce,
Sentimento
é oposto,
Mais
fundo que o fundo do poço,
Ou mais
sujo que esgoto.
Às vezes
mais atolado,
Do que fossa.
Pelo
menos aquilo faz festa,
Quando se
agita na descarga,
Depois
que alguém lhe carga.
Em plena
porcelana toda bacana,
Ela gira
e se agita.
Depois
vai se aventurar,
Pelos
dutos e canos,
E vai
boiar e flutuar sem se importar.
Se algum
fulano reclamar,
Ouve-se alguém
exclamar:
Tô evacuando
e andando!
Eu fico
indignado,
E fico de
semblante amarelado.
Misturo
um olhar 43,
Junto de sorriso
a La Pink Floyd,
E enredo
Alfred Hitchcock,
Com gargalhada
Vincent Price.
Pra
agüentar só com cachaça ice.
Então eu
seguro as lágrimas,
Com todas
as minhas mãos,
E meu par
de pulmões,
Se inflam
e se esvaziam,
E meus
olhos transbordam,
Numa maré
salgada.
Aí eu
fico cheio de tudo,
E neste
pleno vazio,
Onde tudo
acontece,
Eu bato
em meu peito,
E tenho
plena certeza,
E
respondo a todos,
Convicto
e com embaraço:
Não sei o
que faço!
E sigo
meu caminho,
Olhando
pra trás,
Sem olhar
pra frente,
E gostaria
de responder:
I’m on my
way!
Abril 2013
Abril 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário