Chegou
verdadeiro,
Nem
parece brasileiro.
Veio
ansioso,
Soprando
folhas,
Pra
todos os ares,
Dando
trabalho,
E
querendo mostrar serviço.
Ou nortista
boreal?
Só
sei que não veio suado,
Com
cara de verão assustado.
Nem todo
encapotado,
Fantasiado
de inverno encabulado.
Nem
cheio de florzinha,
Com
jeitinho de primavera burguesinha.
É um
verdadeiro outono brasileiro,
Com
horário britânico.
Ele veio
e pediu respeito.
Eu
fiz minha parte,
Fechei
a janela,
E
vesti camisa de flanela.
Vinho
quente e canela,
Debaixo
do cobertor dá um suadô!
Desliguei
o ar e o ventilador.
Pena que
não tenho aquecedor.
Outono todos
os anos,
Parece
com seres humanos.
Tem
ano que ele vem acanhado,
Chega
até atrasado.
Mas às
vezes ele está adiantado,
E
aparece todo estressado.
Em minha opinião,
O outono devia deitar
no divã,
E fazer terapia no verão.
Coitado,
ele tem vida curta,
Não demora
e ele tá indo embora;
Em Junho
ele vira abóbora.
Embora,mesmo quando
demora,
Ele
não perde a hora,
E
ano que vem ele tá de volta.
Digo uma
coisa agora,
Vou varrer
as folhas,
Amontoadas
em minha porta.
São
folhas acumuladas,
Do
outono da estação passada.
Sujeira deste
ano, não tem como,
Limpeza fica
para o próximo outono.
Abril 2013
Obrigado Jay Ci. Um abraço no Outono referente ao Verão passado...
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