Maior que muita nação.
É verdadeira adoração,
Parece religião,
Sem padre pra comunhão.
Lá tem muito louco,
Um hospício é pouco.
Outrora havia um doutor,
Que tinha nome grego,
Mas era brasileiro.
Esse era verdadeiro!
Mas seu calcanhar de Aquiles,
Era frágil igual copo.
E tempos depois,
Chegou um redondo,
Correndo e faturando,
Atrás da redonda.
Império durou pouco.
Cem anos se passaram;
Enfim sentem-se libertos.
É muita gente com pesadelos,
Que lhes fazem perder os cabelos.
São visões do final do milênio;
Era um quadrado de cal,
E cinco chances no total,
E cresceu um mostro verde,
Que veio do oriente.
Ao fundo ouve-se,
Canecas de alumínio,
Ressoando um som contínuo,
Chocando-se em grades,
Pagando pelos seus males.
Som dança pelos ares,
E desagrada urubus de regata,
Sobrevoa o invadido Pacaembú,
E contagia a maior cidade.
Um tatu carrega a marca,
Cheira a Tietê de quebra,
E atraca no terrão de Itaquera.
A terra se racha e estremece,
E coisas estranhas acontecem.
São visões e divisões,
São chances ou sanches,
São lulas, mulas, txeiras...
E ainda X9s ou R9s...
Sei lá, todos aparecem por lá,
Acorrentam a todos,
E sentem-se os libertadores.
Um bando de barões engravatados,
Assinam cheques e contratos.
São fotos e retratos,
Tudo fino e enlameado,
Sujos de pó e de barro,
Viajam de carro ou de jato,
Ao som de cuíca,
E vão parar lá na Suíça.
Até barbudo aposentado,
Toma a frente e dá palpite,
E joga a primeira pá de cimento.
Quem diria.
O pobre ficou rico,
E ganhou um presente,
E o povo paga o mico.
São coisas do Japão:
A gente Nunkassaby!
Um pedaço do pão,
Uma parte da marmita,
É pra pagar o cimento e a brita.
Todo trabalhador,
Quer ter quarto e sala,
Copa e cozinha.
Cada nação,
Tem a copa que merece.
O povão sua e faz serão,