sábado, 10 de novembro de 2012

Alemanha: passado e presente sempre presente

A madrugada caiu,
Mais pesada do que já se viu,
E um muro se ergueu.
Dividiram Berlin,
E corações afins.
Pedaços ficavam de um lado,
O resto ficava do outro.
Eram tijolos um em cima do outro,
Tudo revestido com reboco,
E um muro como um todo,
Dividiu vidas e famílias,
Como um pedaço de bolo.
Eu visitei Berlim, mas o muro caiu.
Ficaram cicatrizes no chão,
E marcas profundas no coração.
Dois blocos mais pesados,
Do que tijolos enfileirados.
                                                                      
E flocos caiam ao chão,
E preparavam surpresas,
Para a próxima estação.
O chão ficava com cor de nuvem,
E nos sentimos no céu.
A paisagem mostrava tudo branco,
Mas eu vi um sorriso franco;
Vinha de longe,
Vinha da Bósnia distante.

O frio congelava o lago,
Mas lá no fundo,
E aqui em cima,
A vida continuava com tudo.

A Alemanha é assim,
Mas não é tudo,
E desci e fui ao sul.
Lá tinha sol, mas não tinha praia,
E fui pra lá, em Stuttgart.
Tulipas e morangos,
Enfeitavam meu caminhar.
Mas era hora de saudar a Eurocopa.
Faltaram cadeiras em toda Europa,
Canecas e canecas de cervejas,
Se espalhavam pelas mesas.
Mas o ano não era da casa,
E a seleção não levantou o caneco e a taça.
Eu bebi e tomei o último chope,
E voltei pra casa.
Deixei um lugar,
Que por alguns dias,
Também foi a minha casa.

Para sentir a Alemanha,
Não basta vestir roupa típica,
Ou beber cerveja na caneca ou na tulipa.
Tem de ir lá e estar lá,
Andar e pisar na terra.
Ver dois mundos,
O velho e o novo,
Caminhando juntos.
Alemanha é patrimônio da humanidade,
Alemanha é pura historia da humanidade.
Alemanha é terra com erros no passado,
Com acertos no presente,
E de mãos dadas, futuro e presente,
Se misturando constantemente.
Alemanha é igual coração de criança,
É bem apertado e pequeno,
Mas ali dentro,
Cabe um mundo inteiro...
E quanto mais gente, melhor!
                               Novembro 2012

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