sexta-feira, 15 de março de 2013

Balançando a semana

Li notícias de um tal de conclave,
O fumacê vai subir e incomodar as aves.

Vi meu time mandando as bolas na trave,
Outro jogo que deu empate.

Um artista se foi e vai virar celebridade;
É mais um que morre na obscuridade.

Muitos ‘Kikos’ deram tchau a um certo Chávez,
Uns vão aplaudir, outros sentirão saudades.

Volta às aulas das faculdades;
Pobres calouros, vão passar por ridicularidades.

Uns falam do fim da humanidade,
E aguardam a próxima data da calamidade.
  Hollywood vai faturar mais alguns dólares.

Uma moça leiloa a virgindade;
Alguém pagou por exclusividade,
Mas quem garante o produto e sua originalidade?
Será que alí tem alguma qualidade?

Meu filho ouve essas reportagens, 
E quer saber a verdade.
Se o tal conclave e a noticia do padre,
É o mesmo caso do menino da cidade,
Que não brinca mais com outros de sua idade.

Meu filho com espírito de esportividade,
Pergunta se o nosso time joga com seriedade.

Meu filho com ar de serenidade,
Pergunta se a morte daquela personalidade,
Foi por drogas ou foi alguma enfermidade.

Meu filho em sua infantilidade,
Fica confuso com a morte do Chávez.
O que ele vai assistir agora às tardes?

Meu filho falando de escolaridade,
Acha que esse tal de trote é pura maldade,
E diz que deveriam cultivar a amizade.

Meu filho analisa o futuro da humanidade,
E diz que quando crescer vai viver com simplicidade,
Vai tratar todos com dignidade,
E que vai viver até a eternidade.

Meu filho em sua ingenuidade,
Me pergunta se essa tal virgindade,
Também está a venda na lojinha da comunidade.

Eu vejo sua sinceridade,
E digo a ele esquecer essas bobagens.
Quero usar de sensibilidade,
E poupá-lo de mais futilidades.
Ele sorri com jovialidade, 
Vai brincar e aproveitar sua mocidade.
                                                       Março 2013





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