domingo, 1 de setembro de 2013

Lavando louça

Eu lavo a louça do almoço.
Sabão de pedra,
E bucha amarela.
Bom Brill virou palha de aço,
Ou o contrário, eu acho...

A pia tá cheia,
A pilha tá grande.
Caneca com leite fervido,
O cano tá meio entupido.
Panela de pressão,
Com resto de feijão.
Frigideira com fritura,
Tem óleo e gordura.

O inverno castiga,
E a água tá mais fria.
Vou dar dois cheques,
E comprar uma torneira quente.

Meu umbigo faz bico,
E reclama da pia,
Mas avental eu não uso.

Cadê o pano de prato?
Rasgou e tá furado,
Parece um trapo.

Eu vou esfregando,
E a minha sujeira vai escorrendo,
Pelo ralo lá dentro.

Tem sujeira que gruda e não sai.
Umas já fazem parte,
De minhas panelas,
E vão ficar por toda vida.
O caldeirão por fora fica bonito;
Lá dentro fica limpo.

Mas deixe a água suja ir embora,
Senão seu encanamento dá problema.
Limpe e esfregue sua caneca,
E veja seu olhar refletido nela.
Então podes ficar sorrindo:
Você está ficando limpo.
                          Setembro 2013


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