quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Pequenos negócios, grandes esquemas

De grão em grão,
A galinha vira caldo.

De papo em papo,
A conversa vira um falatório.

De pena em pena,
O frango vira um travesseiro.

De samba em samba,
Chegou outro Fevereiro.

De bituca em bituca,
O bueiro passa mal o ano inteiro.

De gato em gato,
O couro vira um pandeiro.

De pato em pato,
A gente engole um dinossauro,
E o batráquio fica engasgado.

De gole em gole,
A gente não lembra mais nada.

De nada em nada,
Tudo acaba em pizza,
Nada acontece,
E tudo fica na mesma.

De pizza em pizza,
A conta é nossa,
Tudo acaba em samba e bossa.

De copa em copa,
Nada acontece,
E tudo FIFA na mesma.

De estádios em estádios,
O estado do povo fica largado.
Mas uma coisa é hospital,
Outra coisa é estádio de futebol.
Sem misturar ratos e bugalhos,
Acamados e deputados,
Zé ninguém e ronaldos.

De bola em bola,
A rede se enche de gol,
E eu fico desclassificado.
Aí eu compro o jornal,
E me debruço sobre os classificados. 

Já dizia um amigo da Florentina:
Pior que está não FIFA.
                             Setembro 2013






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