quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

2014 em cartaz

O ano chega,
Com cara de uma dúzia,
E mais dois de reforço,
Pra chegar até o fim,
Sem esforço,
Sem corda no pescoço.

Se perguntam eu respondo e ponto:
Yes, nós temos COPA,
COPA no Brasil, zil, zil...
COPA do Brasil,
COPA boi dormir,
COPA, mesa e banho pra lá,
E sem água pro banho,
E sem nada na mesa pra cá.
É Neymar nem bem,
Mas FIFA tudo na mesma lerda.

O negócio é bola na rede,
E bolada na conta deles.
Parece película ridícula,
Roliudiana pior que indiana:
Os onze filhos de Filipe;
Onze homens e um enredo;
Tropa de Filipe;
Ali está os 40 ladrões;
Apertem os cintos, a COPA é no Brasil.

Catorze e mais dois mil,
Vai ser assim e coisa e tal:
Cada um por si,
E muito dinheiro pra eles.
E sai da frente,
Que atrás vem muita gente,
Querendo mais dinheiro da gente.
E eu nem sabia,
Que a mãe Joana,
Tinha tanto filho bacana.

Mas fala a verdade.
Isso não é sério, né?
Num passado não tão distante,
Meu professor embargava a voz,
E quase que batendo continência,
Dizia para todos nós:
Este é um país do futuro!
Aquele mestre trabalhou duro,
Com toda certeza do mundo,
Já bateu o botinudo,
E não viu esse tal futuro.

Enquanto isso o ano passa,
E o Frederico chega em casa,
Depois do suor na obra,
Mete o pé na porta,
E grita com a fome de um T-Rex:
DIL-MA, CHEGUEI!
E ele é ignorado,
Como um cartum do passado,
Como um filme atualizado.

E a galera grita:
É nóis na FIFA!
                                                   Janeiro 2014


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