quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Para serem humanos

E lá vêm mais campanhas,
Para as pessoas serem humanas.
É paz no trânsito,
É guerra à pedofilia,
Diga não à pirataria.
Olha o jeitinho brasileiro!
Quando leio e vejo,
Todos estes movimentos,
Não tem jeito:
Dá vergonha e fico vermelho.

Pego o controle e aperto play,
E os jogadores pedem,
E brigam por fair play.

Outra solicitação:
‘Não jogue lixo no chão’.
Mais um enunciado:
‘Não jogue o papel no vaso’.
Minha cara, meu caro,
Mas que tapa de luvas na cara,
Pra quem tem vergonha na cara.

E no trem e no Metrô,
Têm bancos diferentes,
Pra gente igual à gente.
Mas precisa de bancos com marcas,
Para a educação dar as caras?
Na dúvida é só baixar a cabeça,
Fingir um profundo sono,
E ignorar a gestante ou o idoso.

E um cidadão encontra um pacotão,
Contendo mais de um milhão,
E devolve sem pegar um tostão.
Ele aparece na televisão,
É o novo herói da nação.
Mas o que ele fez demais?
É o que muitos fazem de menos.

Enquanto isso cartazes continuam,
Se pendurando e pedindo:
‘Faça o bem,
Não importa a quem,
Seja pra quem for,
Por favor’!
                                                   Agosto 2014



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