sábado, 2 de agosto de 2014

Cevada levada

Cerveja, colega gelada.
Cevada levada,
Para horas inesquecíveis,
Para momentos difíceis de esquecer.
Para happy hour,
Para bad times.
Para quem já saiu do trabalho,
Ou pra quem não queria,
Mas teve que sair do trabalho,
Bem contrariado.

Cerveja pra quem só quer beber,
Ou porque tá feliz porque fez um bebê.
Mas se for beber,
Pense em seu bebê.
Beba cerveja pura sem mistura.
Cerveja com volante e direção,
São três que não se dão,
E vivem se batendo lá dentro,
Por aí afora e fora do copo.
É igual ressaca de cevada barata,
Bate fundo e deixa a gente sem rumo,
Às vezes com a cara no muro.
Aí vem a dupla do barulho:
A dona ambulância toda sirene,
E o seu guarda todo sério.
Sem falar no Juca e no Hugo,
Chegando para o trabalho sujo,
Pra limpar seus dutos.

Muitos querem cervejetarianos,
Mas passam os tempos,
E não souberam serem eles mesmos.
A colega de colarinho desceu amarga,
Tudo ficou rodando,
E amargaram uma vida quadrada.
A bebida não foi prazer,
Pois bebiam pra esquecer.

Mas lembre-se sempre:
Se for assim,
Se o pessoal se queixa,
Se o copo não lhe deixa,
Tome uma atitude e deixe o copo,
Antes do copo tomar seu corpo.
                                                 Agosto 2014


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