sexta-feira, 1 de julho de 2011

O vôo do Arthur

Ao meu filho, Arthur, que viajou pela primeira vez de avião com 13 anos, sozinho.
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Mochila nas costas,
No peito um coração valente.
Navegantes, ansioso te aguardava.
O vôo 1082 nunca mais será o mesmo.
Na mochila tinha o kit jovem:
Bola, escova de dente e coragem.
Aquele avião desafiava a gravidade,
E você confiava em sua mocidade.
Vocês dois iam e destruíam os obstáculos.
As nuvens saíam do caminho,
Respeitando seus avanços e conquistas.

Isso é juventude.
Coloque-a em sua mochila,
Mas que ela não lhe seja um peso.
Que ela lhe seja leve,
Tão leve quanto um avião,
Que desliza suave a sua fuselagem,
E segue respeitoso pelo ar.
Viva sua mocidade com juízo,
Assim como um pesado ‘asa-dura’,
Que convive com pássaros,
Naquele meio que lhe é estranho.

E na sua velhice,
Que a sua aterrissagem,
Seja como o cair de uma pena.
E quando olhar pra cima,
Ou para trás,
Você possa dizer:
‘Obrigado, Comandante,
Foi um belo vôo!’
                               Julho 2011

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