quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Jogos mortais

O local parece lan house de cinco lados.
Ali os senhores do mundo jogam.
São jogos mortais,
Ou mortal kombat.
É salvar o jogo e matar os outros.
Jogam com vidas de pobres mortais.
Acordos selados com sangue alheio.
Senhores das armas morrem de rir.
Indústrias de alimentos alimentam a guerra.
Fabricantes de sacos de lixo fazem serão.
Médicos curam para matar.
Moda veste o povo de morte.
É a morte na moda.
Final de guerra o uniforme é de plástico preto.
É embrulho de presente para família.
O sono é na trincheira.
Sonho de voltar, mas medo de falar.
Bravo candidato a corajoso morto.
Foto da família junto ao fuzil.
Só assim pra matar a saudade.

A medalha espeta o peito do soldado.
Sangue não sai,
Também não se ouve nenhum ‘ai’.
Bandeira do país dobrada com cuidado.
Adorno oficial cobre o caixão lacrado.
Sua lápide sem nome será pouso de pardais.
Salva de tiros saúda o herói anônimo.
Chefe de Estado lembrado no livro de história.

A ordem é defender a nação.
Mal vindos em nossa fronteira.
Igual cão demarcando território.
Pode matar que não é pecado.
Religiosos pediram a benção de deus.
Do outro lado também foram abençoados.
É benção de matar qualquer cristão!
Embate que deveria dar empate.
Que mundo desnorteado.
Mas que mundo loteado!

O amor bélico aumenta a cada clic.
Olhos nos vídeos games,
Coração odioso,
E sangue escorre pelos tubos.
São jovens bem treinados em casa.
Solução? Quando um cartaz disser:
‘Sob nova direção’.
É novo governo empossado.
Adeus poças de sangue.
                                     Fevereiro 2011

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