terça-feira, 6 de setembro de 2011

Nariz vermelho

Difícil trabalho,
Do palhaço.
Palhaço faz graça,
Pra vida ter graça.
Pra gente esquecer desgraças,
Até ele cair nas nossas graças.
Por uns trocados,
Ele se troca,
Vira palhaço e faz graça.
Isso é impagável!
A gente sorri, gargalha e ri,
E esquece de ser triste.
Deixa tristeza lá fora,
Pra rir lá dentro,
No teatro ou no picadeiro.
Mas nosso riso,
Tem de vir lá de dentro,
Até os dentes aparecerem,
Mesmo sem dentes.
Tem gente que ri,
Até perder a dentadura.
Palhaço é uma ajuda,
Pra esquecer a amargura,
A vida dura,
E as agruras.
Palhaço é herói.
Vence a nossa tristeza,
Coisas que pra gente dói.
É uma dureza!
Palhaço faz a gente chorar.
Palhaço faz a gente ter dor.
Palhaço faz a gente passar mal,
De tanto rir.
Palhaço faz a gente pensar,
Que vai morrer,
De tanto rir.
Quem gostaria de morrer rindo?
Nem morto!
A gente deixa tristeza pra lá,
Pra rir.
Palhaço deixa tristeza pra lá,
Pra fazer a gente rir.
Coisa difícil,
Neste mundo difícil.
Tem dia que o palhaço,
Nem precisa de maquiagem.
Mas tem dia,
Que ele reboca toda a cara.
Na verdade,
Todos somos palhaços.
Sempre precisamos,
Rebocar a cara,
Pra encarar uns e outros.
Rebocar a cara pra rir,
Mesmo quando não se quer.
E muitos riem da nossa cara.
E rimos da cara dos outros.
E a palhaçada continua.
Isso tira a alegria!

Final do show,
De cada show,
Palhaço tira maquiagem,
Pra encarar a vida,
De cara limpa,
Com a cara e a coragem.
Inicio de show,
De cada dia,
A gente usa a maquiagem,
Pra encarar a vida,
De cara limpa,
Com a cara e a coragem...
Pra rir ou pra chorar...
O show não pode parar...
Cadê meu nariz vermelho?

                                           Setembro 2011



Nenhum comentário:

Postar um comentário