terça-feira, 16 de julho de 2013

Cágado 4ever

Eu não preciso e dispenso,
Régua de engenheiro,
Fita métrica de costureiro,
Ou problemômetro,
Pra medir e mensurar,
Tamanho e altura,
Peso e grossura,
Idade e densidade,
Dos meus problemas,
Pepinos, abacaxis e afins.
Os que me chegam,
São robustos e sarados,
Malhados e pesados...
Aliás, pesados e aprovados!
É tudo problema meu!

Parece que os dos outros,
São dos tipos pintinho,
No máximo um garnisé.
Os meus são galos de briga,
Todos prontos pra rinha.
Eles me chegam equipados,
Com espora modelo pé de cabra.
E não adianta choramingar,
Dentro do quarto escuro, 
Pelos cantos do mundo,
Ou pelos banheiros imundos!
Vai ser só pena voando!
E o poleiro sempre embarreado!

Nem precisa procurar,
O problema vem a galope,
Igual cavalo trotando,
Com poeira levantando.
Igual boi castrado,
Babando atrás da vaca.
Vem quebrando cerca,
E derrubando porteira.

Aliás a gente já nasce com problema:
Chega pelado e com frio,
Passando fome e sede,
E tomando tapa feito inocente.
Tudo isso é apoiado,
Incentivado e pago,
Por dois cumpliciados,
Que deveriam ser nosso amparo.
O rebento é um coitado!
O humilhado é registrado,
Em vídeo e retrato!

Mas, se procurar,
O problema chega igual cunhado,
Numa tarde de domingo ensolarado,
Tomando a sua cerveja,
Vendo futebol com pé na mesa,
E urinando com a porta aberta.
Chegou chegando,
E se sente o dono da casa!
É pior do que MST,
Em dia de posse com TV.

Aviso aos desavisados:
Procurar problema,
É igual escolher tartaruga casca dura,
Como bicho de estimação;
Vem geração, vai geração,
E o quelônio tá ali,
Devagar e sempre presente.
Êita cágado 4ever!
                                            Junho 2013



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