quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Festa fantasiada

Mês de muitos reis,
Nos camarotes são os tais.
Rei Momo para muitos bobos,
E os espertos dos bolsos.

Os gringos ricos vêm,
E deixam os ricos mais ricos.
Consomem a pobreza da terra,
Voltam para suas riquezas,
E deixam o primo nas cinzas e tristezas.

Falam que é festa popular,
Mas o povo é que paga pra pular,
Na avenida ou no salão.
Paga até pra ver o rico,
Pelado, fantasiado ou travestido,
Em camarote de marajá,
Bebendo Chandon e comendo caviar.

Brigões, ladrões e beberrões,
Tem nomes simpáticos,
E são chamados de foliões.
À sua disposição,
Tem hospitais e ambulância,
Bombeiros e polícia.
Os impostos tem essa serventia!
Se a população ligar vai ficar na linha;
Senta pra ser atendida;
Quem pula na avenida,
Tem preferência na fila.
Quer ser atendido?
Tem que dar seus pulos!

A TV mostra coisas,
Coisas que dá vergonha de ver.
Roupas chamam tapa sexo,
E o sexo vira comércio barato.
Só tapado não vê o tapa na cara,
Da sociedade que tem vergonha na cara.

Já no dia seguinte,
Tudo isso é atentado ao pudor.
Quem aparecer pelado na avenida,
É vergonha pra família,
E vai dormir na delegacia.

Haja clínicas underground!
Serão muitas curetagens,
Difíceis de contagem.
Preservativos gratuitos,
Não preservam nada,
Nem moral nem família.
Que camisa furada!

Muitos leem e não concordam.
Eu sinto muito mesmo,
Mas pelo menos,
Algo em comum nós temos...
                                                 Fevereiro 2014



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