domingo, 9 de fevereiro de 2014

Pequena Terezinha

A Terezinha faleceu em 07/02/2014 em Apucarana, PR. Mais uma geração que está chegando ao fim.
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Essa noite a lua está pela metade,
Mas o coração de alguns está aos pedaços.
A Terezinha começou o dia dormindo sem abraços.
Tantas coisas acontecendo,
E poucas nuvens nem se deram ao trabalho,
De aparecer para o trabalho.
Até o vento tá meio parado.
E o céu paranaense ficou carente.

O telefone foi amigo e vilão.
Maldito (ou bendito?) és em toda criação...

Daqui pude ver,
Choros e lágrimas escorrerem.
O que pude fazer?
Eu ouvi Angra dos Reis:
‘Uma dor que dói no peito’.

Não tem jeito,
Nada mais podia ser feito.
Desliguei a luz do quintal,
E acendi a luz da meia lua.
Imaginava do que eu lembrava da Terezinha,
E lembrava das histórias contadas.
A mãe e o pai contavam,
Histórias e causos das antiga.

O tempo tem começo, meio e fim.
Eu só sei que não sei do meu tempo,
Mas o que importa no momento,
É que a Terezinha tá de bem com o tempo.
Ela pagou o que devia,
Disso não resta dúvida nem dívida.

Peço perdão, Zé.
Queria estar por aí,
Mas estou aqui.
Sinto e choro por ti.

E a lua se foi,
Meio chateada e meio amarelada.
Hoje tá tudo pela metade!
Eu precisava dela,
Mas essa noite ela não ajudou.
Amanhã o dia vem,
E nem vai perguntar quem se foi.
Quanta frieza em pleno 40 graus!

Eu sei que você saberia, Terezinha,
Que não é nada pessoal.
A vida continua por aqui,
Mas a lembrança por ti,
Pode ser eterna, sim.
                                           Fevereiro 2014

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