quarta-feira, 17 de abril de 2013

Paraná vermelho verde-amarelo

Tiro meu chapéu pra Apucarana,
Terra do boné.
Confecção que faz a cabeça do pessoal,
Sustenta muito cabeça de família,
E completa a renda mensal.
Lá eu vi o antigo e o novo,
Em casas antigas,
E modernas arquiteturas.
Em sábias cãs,
E gel nas jovens cabeleiras.
Eu vi o respeito ao passado,
E o resultado,
É o futuro estruturado.

Passei por Curitiba,
Ruas largas, prédios parecendo espigas.
Apreciei as suas estrelas sumidas,
E me lembrei do céu paulista.
Até a garoa fria me lembrou Sampa,
Terra que minha família ama.
Bateu saudades e quase chorei,
Igual a garoa que caia eu fiquei.

Pelas rodovias eu vi silos,
Alimentados com sementes até a boca.
Estoques abençoados,
Que enchem a nossa também.
Vi caminhões com canas nas costas.
Viajavam rápidos pelas vias,
Pra adoçar muitas vidas,
E encher tanques de carros e de humanos.

Paraná, terra roxa e vermelha,
Que colore mãos de gente,
Que acaricia esse chão verde-amarelo.
Chão da cor do sangue,
Que vira lama quando se mistura,
Com suor e lágrimas,
Dessa gente paranaense.

Meu sangue é paulistano,
E com mineiro é misturado.
Mas meus glóbulos colorados,
São tingidos e bem corados,
Por sua causa, Paraná.
Você é abençoada com chão vermelho,
Da cor e textura de coração humano.
                                                 Abril 2013

Silos de barriga cheia

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